Gravidez na 3º Idade

Com toda esta nova tecnologia recente sobre a fertilidade, uma senhora de 78 anos foi capaz de dar à luz um menino.
Quando ela teve alta hospitalar, foi para casa, e seus familiares e amigos vieram visitá-la.
- Podemos ver o novo bebê? - alguém perguntou.
- Ainda não - disse a mãe - Vou fazer um café e poderemos conversar um pouco antes.
Trinta minutos se passaram; e um outro perguntou..
- Podemos ver o bebê agora?
- Não, ainda não - disse a mãe.
Depois de mais alguns minutos, eles perguntaram de novo.
- Podemos ver o bebê agora?
- Não, ainda não. - respondeu a mãe.
Já meio impacientes, eles perguntaram :
- Bem,... então quando poderemos ver o bebê?
- QUANDO ELE CHORAR! - ela disse a eles.
- QUANDO ELE CHORAR???
- E por que temos que esperar ele chorar?
- PORQUE EU ESQUECI ONDE O COLOQUEI!

O Leão Mandão

Era uma vez...
Uma floresta que parecia desabitada.
Era ali que morava o único habitante daquele trecho: O Leão Mandão.
Era um leão rabugento e implicante. De tanto dar ordens absurdas aos bichos que ali viviam ficou sozinho. É que eles se cansaram e mudaram para bem longe. Ninguém se atrevia a passar por ali.
No princípio, depois que todos os bichos foram embora, o rei até que pensou:
- Eu sou o Rei! Eu mando aqui. Quem não quiser obedecer às minhas ordens, que se mude daqui.
Tenho dito.
Mas o tempo foi passando, o rei caladão, não tinha com quem implicar, nem em quem mandar. E nem alguém para conversar. E mais triste foi ficando, até que um dia, não aguentou mais e gritou:
- CHEGA! Afinal que rei sou eu? Só quero mesmo ser um bicho comum, cheio de amiguinhos para me alegrar e enfeitar a floresta.
( Começam a chegar os bichos)
Os bichinhos foram chegando, aos poucos iam enchendo a floresta de vida, cores e sons vindos de todos os lados.
E o leão?
Bem, o leão ficou bem ali no meio de todos, sentindo tudo. Dizem que até que arrumou uma namorada...



Jardim da Vida


Uma criança brincava no parque com sua mãe, quando avistou próximo dali um lindo jardim.
Flores coloridas, brancas, vermelhas, rosas e amarelas a convidavam a brincar. A criança, sem pensar, olhou para aquelas belas flores e saiu correndo pelo parque em busca do jardim. Só que, no caminho, tropeçou em uma pedra e caiu, e ao cair chorou, e ao chorar teve socorro. Um senhor que estava ali, vendo a criança em desespero, aproximou-se e sentou-se carinhosamente ao seu lado.
-Você está bem? - disse o homem.
-Eu caí quando tentava chegar ao jardim. Caí e estou triste, acho que vou desistir de ir para lá. - disse a criança chorando.
O homem olhou penalizado e com doçura disse:
-Meu bem, um dia, há muito tempo, eu também caí ao buscar o jardim. Caí, e não mais me levantei, eu desisti. Desisti do motivo maior que me impulsionava.
A chama que havia em meu peito gritava:
"Vá, acredite!" Mas eu não fui. Caí e desisti. Abandonei o que minha alma tanto buscava. Sofri e aprendi.
Ouça: Ali na frente, você vê um jardim. Você sente que é lá que você prefere estar.
Uma voz dentro de você diz: "Veja, vá,acredite!"
Mas, lembre-se filho, sempre haverá pedras em seu caminho.
A criança, mais calma, olhou para o homem e perguntou":
- Porque as pedras? O caminho não poderia estar livre?
O homem olhou nos olhos da criança, um olhar tão sincero e sereno que a criança sentiu-se amparada e protegida, então o homem falou:
- Todos podem chegar ao jardim. Todos. Mas as flores são sensíveis e delicadas. Por isso precisam ser protegidas de pessoas despreparadas que poderiam destruí-las. A natureza colocou pedras no caminho para permitir que só aqueles que tiverem a sensibilidade de entender que as pedras não foram feitas para impedir a chegada, mas para serem contornadas, cheguem até lá!
A criança enxugou as lágrimas, levantou-se e continuou em busca do jardim.

O SONHO DA LUA

A Lua do céu, que era muito distraída, viu surgir de madrugada um belo cavaleiro. Ele vinha devagar no seu cavalo de luz, e os bilhões de estrelas faziam ala para ele passar. A Lua ficou encantada com beleza do cavaleiro e perguntou à estrela, que sempre está ao lado dela:
- Quem é esse cavaleiro que impõe tanto respeito?

- É o Sol. – respondeu a estrela. Primeiro ele põe um pé pra fora da escuridão, depois o braço e finalmente o corpo todo. Monta no seu cavalo e parte para iluminar o mundo. À tardinha, antes de ir embora, ele pinta uma aquarela de ouro para receber a Noite e o seu séqüito de estrelas, inclusive você Lua.

A Lua, que nunca havia reparado o fato, ficou enamorada. Imaginou-se sendo amada por tão belo ser, porém a estrelinha a acordou do seu sonho.

- Está pensando em quê? Perguntou

- Acho que estou apaixonada pelo Sol – disse a Lua –, quero ser a namorada dele. Quero montar no seu cavalo de luz e sair por aí iluminando mundos ao lado dele.

- Você está perdendo seu tempo! - exclamou a estrela.

- Por quê? – perguntou a Lua.

E a estrelinha, fazendo uma cara de quem sabe tudo, disse:

- Reparou que vocês são opostos?

- Como assim?

- Ora minha amiga Lua, quando o Sol aparece você vai dormir. Sendo assim, como vocês poderiam namorar? Você é uma moça fria e o Sol é um rapaz de fogo. Como iriam se abraçar? Ele queimaria você. Lua, minha amiga, você tem fixação por amores impossíveis. Lembra da sua paixão pelo mar?

- Lembro. Sujeito nervoso, imprevisível. Ora estava calmo, ora estava revolto destruindo tudo. Esse eu já esqueci.

- Então amiga, é a mesma coisa. Hoje você se reflete nas águas do mar, mas não deseja que ele venha abraçá-la. Ele é seu amigo, o espelho onde você pode se mirar.

- É estrelinha, você está certa. Penso que tenho de viver um amor platônico.

- Platônico? Que diabo é isso?

- Um amor casto a distância. Ele nunca saberá.

- Desse jeito você pegará uma paixonite aguda. Como vai iluminar a Terra se estiver doente? Esqueceu que é a preferida dos namorados humanos? Que todos os poetas do mundo fazem versos em seu louvor? Pense no lado bom da coisa. Você dorme e acorda com resplendor dele. Pense, pense menina, na maravilha do céu negro-azulado coalhadinho de estrelas e você, pomposa, brilhando entre elas. Pense nas criancinhas e nas suas cantigas de roda em sua homenagem. É maravilhoso ouvir as vozes infantis cantando:

“Brilha a Lua lá no céu

Pontilhado de estrelas mil

Pena que ela não está

Na bandeira do Brasil”.

- Que emoção! Nós também amamos o Sol, mas nem por isso ficamos deprimidas. Se ele não fosse dormir, nós nunca apareceríamos no universo. Por isso somos gratas e o amamos demais. Você deve fazer o mesmo. Nem sempre se ganha.

E a Lua ficou triste. Começou a se transformar. A cada sete dias ela tem uma forma diferente. Se ela está deprimida vai para o quarto minguante onde esconde quase toda sua beleza. Mas Deus, que sabe o que faz, construiu um quarto crescente onde a Lua pode se recuperar de sua melancolia para surgir nova, e depois se transformar na bela dama Lua Cheia que faz os humanos levantarem os olhos para o céu e suspirar. Suspirar e sonhar, porque o sonho é a mola que impele o homem para frente.


O Porco e o Cavalo

Um fazendeiro colecionava cavalos e só faltava uma determinada raça.
Um dia ele descobriu que o seu vizinho tinha este determinado cavalo.
Assim, ele atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo. Um mês depois
o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário:
- Bem, seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento
durante 3 dias, no terceiro dia eu retornarei e caso ele não esteja
melhor, será necessário sacrificá-lo.
Neste momento, o porco escutava toda a conversa.No dia seguinte deram o medicamento e foram embora.
O porco se aproximou do cavalo e disse: – Força amigo ! Levanta daí,
senão você será sacrificado!
No segundo dia, deram o medicamento e foram embora. O porco se
aproximou do cavalo e disse:
- Vamos lá amigão, levanta senão você vai morrer ! vamos lá, eu te
ajudo a levantar… Upa!

No terceiro dia deram o medicamento e o veterinário disse: -
Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode
contaminar os outros cavalos.
Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse: – Cara, é
agora ou nunca, levanta logo ! Coragem ! Upa ! Upa ! Isso, devagar !
Ótimo, vamos, um, dois, três, legal, legal, agora mais depressa vai…
Fantástico ! Corre, corre mais ! Upa ! Upa ! Upa !!! você venceu, Campeão!
Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou:

- Milagre ! O cavalo melhorou. Isso merece uma festa… “Vamos matar o
porco!”

O Grúfalo

Um ratinho foi passear na floresta escura.
A raposa viu o ratinho e o achou apetitoso.
- Aonde você vai? Perguntou a raposa com brandura – Venha almoçar comigo, faço um almoço gostoso.
- Quanta gentileza raposa, mas não posso aceitar, já marquei com o Grúfalo para almoçar.
- Um Grúfalo? O que é um Grúfalo?
- Você não conhece? Um Grúfalo!
- Ele tem presas incríveis e garras terríveis. E em sua boca, dentes horríveis.
- E onde vocês vão se encontrar?
- Perto dessas pedras é o lugar. E sua comida favorita é raposa frita.
- Raposa frita? Estou fora – a raposa falou – Adeus ratinho já me vou!
- Raposa boba! Será que não sabe que Grúfalo não existe?
E lá se foi o ratinho caminhando pela floresta.
Uma coruja viu o ratinho que lhe pareceu apetitoso.
- Aonde você vai ratinho mimoso? Venha lanchar em minha casa, vai ser uma festa.
- muito obrigado coruja, mas não posso aceitar. Vou me encontrar com um Grúfalo para lanchar. - Um Grúfalo? O que é um Grúfalo?
- Você não conhece? Um Grúfalo!
- Ele tem pernas ossudas e patas peludas. E na ponta do nariz, uma verruga cabeluda.
- E onde vocês vão se encontrar?
- Na beira desse rio é o lugar. Sorvete de coruja é o que ele gosta de tomar.
- Sorvete de coruja? Uhu, uhu, uhu adeus ratinho! – E a coruja bateu asas e voou.
- Coruja boba! Será que não sabe que Grúfalo não existe?
E lá se foi o ratinho a caminhar. Uma cobra viu o ratinho e o achou apetitoso.
- Aonde você vai ratinho mimoso? Vamos até minha casa e vamos festejar.
- Agradeço muito, cobra, mas não posso aceitar, já marquei com o Grúfalo de comemorar.
- Um Grúfalo? O que é um Grúfalo?
- Você não conhece? Um Grúfalo!
- Seus olhos são alaranjados, sua língua é preta, e tem espinhos pelas costas espetados.
- E onde vocês vão se encontrar?
- Neste lago. Bem na beirada, e seu prato preferido é cobra assada.
- Cobra assada? É hora de me esconder! – E lá se foi ela sem mais dizer.
- Cobra boba! Será que não sabe que Grúfalo não existe?
- Opa! – Disse o ratinho – Mas que criatura é essa com presas incríveis, garras terríveis e dentes horríveis? De pernas ossudas, patas peludas. E na ponta do nariz, uma verruga cabeluda? Com olhos são alaranjados, uma língua é preta, e espinhos pelas costas espetados.
- Oh! Socorro! Oh! Não, é um Grúfalo!!!
Minha comida preferida. – Disse o Grúfalo então – Vai ficar gostoso no meio do pão.
- Gostoso? – Exclamou o ratinho – Dos bichos da floresta, sou o mais perigoso. Siga-me e verá isso sim, que todos aqui têm medo de mim!
Caminharam algum tempo até que o Grúfalo falou:
- Ouço um barulho aí na frente, você escutou?
- É a cobra – disse o ratinho – Oi cobra – falou de mansinho.
A cobra olhou para o Grúfalo e tremeu.
- Nossa! Adeus ratinho. – Foi embora depressa e se escondeu.
- Viu só? Disse o ratinho todo orgulhoso.
E o Grúfalo respondeu abismado:
- É espantoso!
Caminharam mais um pouco até que o Grúfalo falou:
- Ouço um piar nas árvores você escutou?
- É a coruja – disse o ratinho – Oi coruja – falou de mansinho.
A coruja olhou para o Grúfalo espantada.
- Adeus ratinho. – E voou para sua casa em disparada.
- Viu só? – Disse o ratinho contente. E o Grúfalo falou espantado:
- Surpreendente!
Seguiram adiante até que o Grúfalo falou:
- Ouço passos à frente, você escutou?
- É a raposa – disse o ratinho – Oi raposa – falou de mansinho.
Ao ver o Grúfalo a raposa empacou.
- Socorro! – Gritou – E, fugindo com medo, em sua toca entrou.
- Viu só Grúfalo? Como todos fogem de mim assustados? Mas agora a minha barriga está começando a roncar, e meu prato predileto é Grúfalo ensopado!
- O quê? Grúfalo ensopado?
- Tudo se acalmou na floresta frondosa.

 E o ratinho achou uma noz que estava muito gostosa.

A Promessa do Girino






Quero contar uma Historia
Que é muito emocionante
Um girino bem pretinho
E uma lagarta Falante
Eles se apaixonaram
Vejam só que interessante

Na ponta de um salgueiro
A lagarta se debruçou 
Na água viu um girino
E logo se encantou 
Olharam-se bem nos olhos
E a paixão começou

Ela era o arco-iris
Ele assim a apelidou
És minha pérola negra
Ela assim já lhe chamou
E foi nesses devaneios
Que o amor se instalou

A Lagarta apaixonada 
Falou ao seu grande amor:
- Nunca mudes, viu querido
Eu te peço, por favor
- Eu prometo, disse ele
Mas com o coração de dor

Novamente se encontraram
Muito havia já mudado
Dois bracinhos no girino
Por ela já foi notado
- Eu não queria esses braços
disse ele magoado.

Por três vezes a lagarta
Perdoou o seu amado
Mas sua pérola negra
Já tinha muito mudado
A lagarta então foi embora
Com o coração despedaçado

O girino, já um sapo
Esperou a sua amada
Que chorou por muitos dias
E depois foi despertada
Já não era mais lagarta
Mas Borboleta encantada

Bateu suas lindas asas
Atrás do amado partiu
Encontrou um grande sapo
Olhou para ele e sorriu
Perguntou toda faceira
Uma perola você viu?


Mas a pobre coitadinha
Nem terminou de falar
Já foi logo engolida
Pelo sapo sem pensar
Que aquela borboleta
Era Arco-Iris a voar


E até hoje o pobre sapo
Tá na lagoa a esperar
Que o sei lindo Arco-Iris
Volte a lhe procurar
Mal sabe o pobrezinho
Que ele foi o seu jantar


Digo então oh minha gente
Preste muita atenção
Não devemos só agir
Pelos olhos da visão
Pois o bom a gente vê
Com os olhos do coração.